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Brasil conquista bronze no mundial paraolímpico de judô


LANCEPRESS! 27/03/2010

A caçula da seleção brasileira de Judô, Victoria Santos de Almeida Silva, de apenas 17 anos, conquistou, neste sábado, a medalha de bronze na categoria até 70 quilos (peso médio) no Mundial Paraolímpico de Judô. Com essa foi a terceira medalha da equipe feminina, que já havia conquistado a prata com a leve (até 57 quilos), Lúcia Teixeira e o bronze no meio-médio (até 63 quilos) com a judóca Daniele Bernardes Silva.
O tetracampeão olímpico, o experiente Antônio Tenório, que participa da categoria até 100 quilos (meio-pesado), terminou a competição amargando o quinto lugar ao perder a decisão do bronze após o ippon do americano Myler Porter.
Outros brasileiros como Alexandre Ferreira, na categoria pesado (mais de 100 quilos), ocupou o nono lugar, Deanne de Almeida, no pesado feminino (mais de 70 quilos) e Roberto Julian Santos Silva, médio (até 90 quilos) também perderam as lutas e não obtiveram medalhas.
Victoria estava extremamente surpresa com a conquista do bronze, apesar de haver afirmado que estaria na Turquia para vencer.
- Depois que eu perdi a semifinal, nem eu sei muito como consegui voltar bem para a disputa do bronze, como encontrei maturidade para enfrentar esta situação- disse Victoria, que depois de ter perdido a semifinal teve frieza para brigar pela medalha de bronze e vencer a americaba Cristella Garcia, que chegou a abrir a vantagem de três yukos no início da disputa.
Logo na primeira luta, Victoria lutou contra a anfitriã Güler Yur e superou por ippon, ignorando as vaias da torcida local e superando a adversária turca. A brasileira em seguida enfrentou a mexicana Lenia Ruvulcaba, vice-campeã paraolímpica e recebeu um contra-golpe e perdeu a luta pela disputa do ouro, mesmo mostrando a mesma garra da luta anterior.
Com esta, é a terceira medalha do brasileira no Mundial, todas conquistadas pela equipe feminina, que teve um desempenho ótimo, assim como a comissão técnica previa.
- As meninas mostraram que estão bem e também merecem todo o apoio, e a Victoria, nosso Totozinho, está no caminho certo. Ainda vai nos dar muitas alegrias - disse Tenório, que apelidou a lutadora carinhosamente.
- Eu sempre falo com ele que quando crescer eu quero ser igual a ele. Espero que essa medalha seja a primeira de longa carreira na seleção paraolímpica - disse Victoria.
Tenório iniciou bem a caminhada para uma esperada medalha que não veio. Venceu as duas primeiras lutas por ippon, contra o iraniano Hamed Alizadeh e o argelino Messaoud Nine. E na semifinal, o brasileiro lutou contra o britânico Joe Ingran, e chegou a fazer um ippon no adversário, mas os árbitros não validaram porque consideraram que o golpe foi realizado fora da área de competição demarcado no tatame.
- Tem chegado muita gente nova e, infelizmente, não temos tantas competições internacionais para competir. Eu mesmo não participava de uma competição internacional desde 2008, e isso faz diferença. Podemos perder uma medalha por um detalhe, como aconteceu comigo na semifinal. Tem chegado muita gente nova nas competições. Esse britânico mesmo é um menino desconhecido - disse Tenório, que reclamou muito com a decisão dos árbitros, indicando que havia começado o golpe dentro da área da luta.

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